domingo, 12 de junho de 2011


Eu sinto falta de todo beijo que tem um gosto diferente. De todo toque sincero e espontâneo, de todas as brincadeiras que a vida faz comigo. Sinto falta de todo olhar trocado com alguém que vai lhe retribuir de forma recíproca.

Sinto falta de me ter acomodada em alguém, de dar gargalhadas por uma coisa boba, de sentir frio na barriga.

Eu sei que essa dorzinha que vai e volta é só um vento. Não temos como vê-lo, mas sentimos.

Essa dorzinha que nos faz sonhar, que nos faz pensar, agir, essa dorzinha que, por muitas vezes, nos faz sorrir e chorar.

Essa dor incomoda, mas também, faz cócegas no nosso coração. Pois, por mais que tentamos mexer nela, ela dá seu jeitinho de voltar.

Essa dorzinha que nos faz falar sinceramente, nos ensina a ser entregues e arriscar. Nos ensina a ser mais fortes, a enxergar as coisas com mais clareza. Nos ensina a amadurecer e amadurecer nossos pensamentos e, é claro, nossos sentimentos.

Ela nos faz ouvir músicas, nos faz escrever, nos faz comer mais, ou menos.

Assim como a mudança de tempo, essa dorzinha é inconstante. E, ninguém na face da terra consegue prever sua intensidade. É, afinal, uma incógnita, nos deixa angustiados, mas eu nunca vi ninguém reclamar por já tê-lo sentida.

Um comentário:

  1. Essa dor, em minha teoria, nos alimenta, nos faz ser, de fato, ser humano. É daí que vem todo aprendizado para a vida, ou, para que não tropecemos novamente da mesma forma.

    Sucesso pra ti. Sempre!

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