quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Medo.

Eu tenho medo. 
A cada dia que passa, meu corpo muda, minha mente muda, meus olhos mudam. 
Tenho medo por mudar. Mudar de tal forma a não ser mais desejada. Mudar de tal forma a não ser mais querida. Mudar de tal forma a não ser mais eu mesma. 
Eu tenho medo. 
Tenho medo de seguir assim. Com fome de algo novo. 
 Engolir todo esse novo. E esquecer do que realmente é minha raíz. Esquecer de onde eu vim.
Eu tenho medo.
Medo de achar que terei mais medo por não ter sido verdadeira.
Medo por me arrepender, ou mesmo, encarar de frente e ter medo.
Eu sinto que meus anseios são sempre os mesmos. Minhas hesitações.
Eu sinto que as minhas falhas são, basicamente, baseadas nessas coisas. Nesses medos, hesitações, anseios.
Eu tenho medo.
Medo de falhar, de dizer o que não posso, de fazer o que eu quero e o que eu não quero. Tenho medo de viver.
Eu sou assim mesmo. Medrosa.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Olha.


Olha... O que aconteceu com a gente?
De repente o mundo girou
E ficou tudo diferente
Eu sinto isso, mas às vezes você nem sente
As coisas que acontecem não são vãs
Elas passam por nós, do nosso lado
Nos deixam angustiadas, mesmo se estamos sãs
O peso que isso tudo me traz
Talvez possa ser indiferente
O sentimento que vem à língua
Pode não ser o mesmo que vem à mente
Olha... O que acontece agora
É o que eu não consigo dizer.
Dizer que em alguma hora
Eu terei de me reentender.
Olha... O que acaba ficando, acima de tudo
É a simplicidade.
É o desejo de rir e chorar.
Mesmo se não estou com vontade
Olha... Ainda não é tarde
É até cedo demais
Pra saber que ninguém é igual
E que ninguém é anormal por não querer mais
Olha... Estamos todos no mesmo barco
Indo para o mesmo lugar
Só damos as mãos se quisermos, é claro.
Mas mesmo com receio, não custa tentar.