segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Flores para uma flor."

Levantei-me da cama. Estava de sutiã e calcinha, pus apenas meu short e fui até a cozinha fazer um café.
Mais uma vez, ele saíra sem deixar nenhum bilhete, nem um beijo de "adeus, quando eu quiser dar umazinha eu te ligo."
Arrumei a cama, tomei um banho, me aprontei para o trabalho e, quando eu estava saindo de casa, vi que tinham flores em cima do sofá. Li o bilhete: "Flores para uma flor."
Porra, que brega. Homens são todos iguais.

sábado, 28 de agosto de 2010

Agonia dos Olhos Despidos

Essas coisas que a gente pensa

Coisas que não nos deixam em um caminho vago

E a gente resolve que não quer mais fugir

Parece que quando a gente olha ao redor

Tá tudo girando junto com a nossa cabeça

Essas coisas que se evaporam com o tempo

Coisas que nos ajudam a mudar

Mas quando a gente olha de novo

Já tá tudo parado, sincronizado

Sintetizado

Não há mais tempo pra discutir o que se tem de fazer

Não há mais tempo pra reduzir o erro que vai cometer

Essas coisas que nos envolvem

Vão crescendo e me absorvendo com o passar do tempo

Vão se emaranhando de tanto esperar

Mas quando a gente olha de novo

Já tá tudo imperfeito, de um jeito
Simplesmente inconsertável.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Passageiro

Passageiro não é o que passa


Passageiro não é o que se foi

Passageiro pode ser o que te transforma

Sem nem ao menos lhe dizer um oi

O que é ser diferente

Num lugar onde há tanta diferença

Poder se tornar ímpar

Depende da sua mente, da sua crença.

Passageiro não é uma pessoa sentada

Não é uma pessoa em pé

Pode ser podre de rico

Ou um sertanejo podre de fé

Cada um por si, agora

Se não quiser ser mais um de nós

E nesse mundo afora,

Tudo é passageiro

Menos aqueles que conseguem deixar uma voz

Passageiro é tanta coisa
Passageiro, talvez, não seja nada

Passageiro é os que nos dá prazer
Ou nos toca de maneira intocada.
Minha vida é uma merda. Ela sempre pensava.
Suas narinas, pulmões e mente estavam sucumbindo a cada cigarro e a cada problema que lhe aparecia.
Suas tentativas de ocupar o tempo era inúteis. Ao tentar sair de casa, viu que o tempo estava feio. Xingou meia dúzia de palavrões e foi assistir televisão.
Roía as unhas de novo, na esperança de que, ao menos elas, fossem lhe alimentar mesmo. Sua barriga estava cheia, mas sua alma não.