domingo, 20 de março de 2011

Silêncio

Silêncio.
É só isso o que eu sou.
É só o que tenho tido de uns tempos pra cá.
Brancos, vazios, indiferenças.
Coisas, às vezes, necessárias
Que plantei em dúvida, mas colhi sem medo de errar.
Entendimento.
É só isso que eu quero.
É só isso que eu procuro pra tentar melhorar.
Silêncio.
É só isso que eu prezo, é somente o que eu quero,
Para que, enfim, eu possa gritar.

quarta-feira, 16 de março de 2011


Eu não sabia mais o que se passava pela cabeça dele. Não dava pra saber. Suas atitudes sempre foram meio misteriosas. Apesar de seus sorrisos e gestos sempre me parecerem bem verdadeiros.
Tenho que acreditar. Tenho que seguir.
Engraçado. As coisas podiam começar a parecer indiferentes, mas um choro, um soluço ainda estava engasgado.
Eu não sabia se devia liberar isso.

Eu travei uma guerra com meus olhos e ouvidos. 
O que eu não quis mais ouvir, ver, eu não ouvia mais, não via mais. E não mais media as minhas palavras.
Essa era a minha angústia. Procurar desesperadamente um alívio pra esse vazio.  Procurar ocupar minha cabeça com outras coisas banais, mesmo sabendo que eu não o conseguiria fazer.

Eu olho pra ele e não sei o que vejo.
Seus olhos escuros me sugam pra uma imensidão de prazeres, mas, ao mesmo tempo, uma imensidão de dúvidas que me transformam de modo inexplicável.
Sentir suas mãos em meu cabelo, enquanto seus lábios me tocam e me beijam, me conduzindo para outra dimensão. A dimensão do ser pelo qual eu me apaixonara loucamente e, não sabia se isso era real.
A falta que ele me faz é estranha.

Me perco em todos os abraços, beijos e olhares sinceros que busco, enquanto não posso tê-lo de novo.
Isso está me fazendo um pouco mal, mas eu sei esperar.